sábado, 10 de novembro de 2018

Almas Debaixo do Altar

Almas Debaixo do Altar – Apoc. 6:9

 “O altar apresentado no quadro profético era provavelmente reminiscências do altar de bronze do santuário dos hebreus, e os mártires podem ser lembrados como sacrifícios apresentados a Deus. Como o sangue das vitimas era derramado na base do altar, e a vida da carne está no sangue, assim as almas daqueles que foram martirizados são comparadas como estando debaixo do altar”. 1
“O altar corresponde nesta liturgia celeste ao altar dos holocaustos (I Reis 8:64). Os mártires, testemunhas da Palavra, são associados à imolação de seu Mestre (cf. Filip. 2:7). Segundo a concepção bíblica e oriental, a vida reside no sangue. Aqui as vidas dos mártires estão ‘escorrendo’ para a base do altar celeste onde se consumam os seus sacrifícios cruentos (cf. Lev. 4:7)”. 2
As “almas debaixo do altar”, apresentadas por João nesta passagem, são uma representação simbólica aos filhos de Deus, que foram martirizados na Idade Média por causa do Evangelho. O sangue ou a vida que seus perseguidores derramaram simbolicamente clama a Deus pedindo vingança a exemplo do sangue de Abel, em Gên. 4:10, que clamava a Deus. Se o altar do sacrifício estava sobre a terra, e as almas são representadas como estando debaixo do altar do sacrifício, consequentemente não eram almas que estavam no céu.
O que deixa a muitos leitores perplexos nesta passagem é o conceito popular, mas antiescriturístico da palavra alma – uma essência imaterial, invisível e imortal que existe no homem. O conhecimento da palavra no original hebraico e grego jamais admite tal definição. Dentre seus múltiplos significados se destacam também os de vida e pessoa. Este é o caso de Apoc. 6:9, onde as “almas debaixo do altar” simbolizam pessoas, isto é, os mártires, sendo altar simbólico de sacrifício ou martírio. Seria um disparate indescritível a aceitação literal de que essas almas estivessem presas, debaixo de um altar no céu. Se aceitássemos o relato como real, essas almas no céu, e os seus ímpios perseguidores no inferno, segundo a crença popular, qual a razão de clamarem ainda por vingança, já que os seus torturadores estavam pagando seu merecido castigo?
Esta passagem traz uma mensagem de conforto para os que sofreram, sofrem e sofrerão por Cristo o cuidado incessante de Deus em favor dos que aceitaram o Seu plano de salvação. Muitos não podem compreender por que Deus permite que alguns de Seus filhos fiéis sejam maltratados pelos ímpios. Embora o procedimento divino, por vezes, esteja além de nossa limitada compreensão, de uma coisa podemos ter certeza, Deus fará justiça dando o galardão aos fiéis e deixando que os ímpios sejam destruídos.
No capítulo seis de Apocalipse, João apresenta uma profecia dos acontecimentos que se realizariam durante a era cristã.
A referência às “almas debaixo do altar” do verso 9 relaciona-se com a época da Reforma. Tanto a história secular quanto a sagrada nos informam que milhares e milhares dos chamados hereges foram barbaramente massacrados e mortos por todos os meios imagináveis. Felizmente, este estado de coisas teve o seu fim, com o protesto dos príncipes na Dieta de Spira em 1529 e o incremento da Reforma através de toda a Europa. O contexto geral das Escrituras nos impede de tomar esta passagem em seu sentido literal, pois se assim fosse teríamos de aceitar a Morte e o Inferno cavalgando um cavalo literal através da terra.

Referências:
1 Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. VII, págs. 777-778.
2 A Bíblia de Jerusalém, pág. 1614. Nota sobre Apoc. 6:9.
Texto de Autoria de Pedro Apolinário extraído da Apostila Leia e Compreenda Melhor a Bíblia.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Um só Deus e um só Senhor

I Coríntios 8:6

 

“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por Ele”.

 

ARGUMENTO:

Aqui os antitrinitarianos dizem que o Pai é “um Deus, excluindo Jesus como Deus. Que Jesus, é uma forma menor de Senhor divino, não podendo assim ser comparado com o Pai.

 

RESPOSTA:

Paulo neste texto está discutindo os ídolos e se os cristãos devem comer alimento previamente oferecido a eles

 

Paulo não está contrastando a divindade do Pai e do Filho, e sim contrastando a divindade de ambos com os falsos deuses e ídolos do culto religioso pagão do primeiro século.

 

Se Paulo estivesse afirmando uma separação entre a divindade de Jesus e o Pai, ele estaria se contradizendo, porque em Colossenses 2:9 ele afirma que: “Em Cristo habita corporeamente a plena essência da divindade” e eFilipenses 2:5-11 ele sugere claramente que: “Cristo é igual a Deus.

 

Junto com o Pai, Paulo pensa no Filho, descrito como um só Senhor, Jesus Cristo. Paulo chama a atenção para o monoteísmo cristão em oposição à pluralidade dos deuses pagãos.

 

Ele está afirmando a posição de que há somente um Deus e, de modo patente está incluindo o Senhor Jesus, única divindade soberana.

 

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Jesus é o Filho Primogênito de Deus?

Colossenses 1:15 e 18

 

15. Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.

 18. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para emtodas as coisas ter a primazia.

 

ARGUMENTO:

Os antitrinitarianos afirmam que o termo “prototokos” (primogênito) refere-se ao Pai gerando a Jesus como o primeiro ser por Ele “criado” em algum ponto do tempo, antes da origem do mundo.

 

RESPOSTA:

O termo “primogênito” tinha um significado especial para os hebreus. Em geral, o primogênito era o líder, o sacerdote, de um grupo de pessoas ou de uma tribo.

 

Exemplo: o status especial de Davi entre seus irmãos, que embora fosse o filho mais novo, Deus o chamou de “meu primogênito” (Salmos 89:20 e 27;     1º Samuel 16:11).

 

Bíblia designa Israel como meu filho, meu primogênito (Êxodo 4:22), fala dos membros da igreja de Cristo como pertencendo à “igreja dos primogênitos” (Heb. 12:23). 

 

O termo “primogênito” (prototokos) é um título não uma definição de Sua condição biológica. Refere-se à Sua dignidade real, à Sua exaltada posição e não a um momento no qual Ele nasceu (Hebreus 1:6).

 

De acordo com Colossenses 1:16, tudo foi criado por Jesus. Ele não pode ter criado a Si mesmo.

 

Se a intenção de Paulo fosse dizer que Cristo foi o “primeiro a ser criado”, ele teria feito uso do termo protoktistos, disponível para isto.

 

O fato de Jesus ser o “primogênito de toda a criação” (Colossenses 1:16,17), revela Sua preeminência sobre a criação, na qualidade de Criador de todas as coisas”. 

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Jesus é Filho de Deus de Forma Literal?

Mateus 14:33

 

“E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!

 

ARGUMENTO

Os antitrinitários creem que neste texto a expressão “Tu és o Filho de DEUS”, seja uma forma literal.

 

RESPOSTA

Os termos “Pai’ e “Filho” no pensamento ocidental, trazem consigo as ideias de origem, dependência e subordinação”.

 

“Filho de Deus” é um título messiânico (Salmos 2:7; João 11:4; Atos 13:33: Hebreus 1:5). Enfatiza a divindade de Cristo. O Filho é a imagem exata de Deus, sendo igual a Deus (Colossenses 1:15; Hebreus 1:3; Filipenses 2:6).

 

A filiação de Jesus é atestada em conexão com o Seu Nascimento (Lucas1:35); Batismo (Lucas 3:22); Transfiguração (Lucas 9:35) e Ressurreição (Atos 13:32-33)

 

Embora as Escrituras atribuam à divindade, a realeza e a existência eterna a Jesus (Isaias 6:6; Apocalipse 1:17, 18). Em Sua encarnação, Jesus subordinou-Se ao Pai, sendo o Filho de Deus. Isso incluía a entrega das prerrogativas, mas não a natureza da divindade.

 

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma (morfê = aparência visível) de Deus, não julgou como usurpação (harpagmós) o ser igual a Deus. (Fil. 2:5,6).

 

A filiação de Jesus não é ontológica, mas funcional. No plano da salvação, cada membro da Trindade aceitou uma função específica.

 

Mateus declarou que os que estavam no barco adoraram a Jesus.

Afinal de contas, só podemos adorar a Deus.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Quem é o “Verbo” de João 1:1-3?

João 1:1-3

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. 

ARGUMENTO
“Os antitrinitárianos alegam que há uma distinção entre Deus o Pai, que é o Deus, e Jesus, que é apenas um deus”. 
 
RESPOSTA
Em João 1:1-3 o Pai é chamado “ho theós” (o Deus), ao passo que o Filho é chamado “theós” (“um deus”, ou “Deus”). Porém, isto não justifica a alegação de que o Pai é o Todo-poderoso, enquanto que o Filho é apenas um Deus.  

O termo theós sem o artigo é frequentemente usado para o Pai, em (João 1:6, 13,18; Lucas 2:14; Atos 5:39; 1 Tessalonicenses 2:5:  1º João 4:12).

Jesus é também “o Deus” (Hebreus 1:8, 9; João 20:28).  

O uso do termo Deus – com ou sem o artigo – não pode ser usado para fazer uma distinção entre Deus o Pai e Deus o Filho. Deus o Pai é theós e ho theós, e assim também é o Filho. 

Diz João 1:1 – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com ho theós, e o Verbo era theós.
Se João tivesse usado apenas ho theós, ele estaria dizendo:
“No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com ho theós, e o Verbo era ho theós”. 

O texto modificado diria: “No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com o Pai, e o Verbo era o Pai”. Isso é teologicamente errado! 

O Verbo não estava “em” (en) Deus, mas “com” (pros) Deus. O Verbo não era uma emanação de Deus, mas o próprio Deus. Numa associação co-eterna, indissolúvel, inseparável e indivisível Jesus é um com o Pai.         

sábado, 13 de outubro de 2018

Jesus é Inferior ao Pai?

I Coríntios 15:28

“Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitaram, para que Deus seja tudo em todos”. 

Argumento Antitrinitariano:
A questão que os antitrinitarianos defendem aqui é a subordinação de Jesus ao Pai, insinuando assim que Cristo é inferior a Deus o Pai.

Resposta: 
É necessário diferenciarmos a natureza de Cristo e Sua posição, durante a encarnação. Essa subordinação está no fato de que Jesus reterá para sempre a Sua humanidade. 

Cristo sempre será sujeito ao Pai de modo semelhante à Sua subordinação ao Pai durante a sua peregrinação terrestre. Isso não significa que a Sua natureza divina seja inferior à do Pai. 

Apocalipse 22:1 e 3 identificam o trono de Deus como o “trono de Deus e do Cordeiro”. Onde o Pai e o Filho aparecem compartilhando do reino eterno. 
Paulo, ao falar da ressurreição em I Coríntios 15:20-22, retrata Cristo “o primogênito entre os mortos” Colossenses 1:18 como estando em subordinação funcional ao Pai. 

Enquanto encontramos uma subordinação funcional em I Coríntios 15, Apocalipse 22 retrata a plenitude da Divindade do governo no reino eterno. 

                                                         

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Lágrimas na voz

Jesus não censurava a fraqueza humana. Denunciava sem temor a hipocrisia, a incredulidade e a iniqüidade, mas tinha lágrimas na voz quando emitia Suas esmagadoras repreensões. Chorou sobre Jerusalém, a cidade amada, que O recusava receber a Ele, o Caminho, a Verdade e a Vida. Rejeitaram-nO a Ele, o Salvador, mas olhava-os com piedosa ternura, e com tão profunda dor, que Lhe partiu o coração. Toda alma era preciosa aos Seus olhos. Conquanto Se portasse sempre com divina dignidade, inclinava-Se com a mais terna consideração para todo membro da família de Deus. Via em todos os homens almas caídas que era Sua missão salvar. – {DTN 245.1}

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