DO SINAI AO CALVÁRIO

1. DO SINAI AO CALVÁRIO

           Hebreus 12:18-24

2. ¹⁸ “Vocês não chegaram ao monte que se podia tocar, e que estava chamas, nem às trevas, à escuridão e à tempestade,

¹⁹ ao soar da trombeta e ao som de palavras tais, que os ouvintes rogaram que nada mais lhes fosse dito;

²⁰ pois não podiam suportar o que lhes estava sendo ordenado: "Até um animal, se tocar no monte, deve ser apedrejado".

²¹ O espetáculo era tão terrível que até Moisés disse: "Estou apavorado e trêmulo! "

²² Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião,

²³ à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados,

²⁴ a Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel.”

3. São dois montes contraditórios?

O Sinai é o monte do fogo, fumaça, trovões, relâmpagos, tremor e medo;

O Calvário é o monte do sacrifício, da redenção, da fé, da esperança e do amor.

Um é o monte da lei e dos limites, escrita em pedra; 

O outro é o monte da lei escrita no coração e das possibilidades ilimitadas.

O primeiro é associado com os fundamentos da religião e a cidade terrena;

O segundo está ligado com o clímax da religião e a cidade celestial.

4. São dois Deuses? O que aconteceu com Deus?

Por que no Calvário Jesus suplica, chora, morre, é esbofeteado e não diz nada? (Lucas 23:24).

“Deus é Eterno, Nele não existe mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).

“Que Deus não é homem para mudar e que Sua Palavra não tornará atrás” (Isaías 45:23).

“Que Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem para que se arrependa’ (Números 23:19,20).

“Que Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:8).

Uns dizem que a Lei deve ser obedecida, outros dizem que a Lei foi abolida por Cristo.

5. A questão é: para quem Deus está falando.

No Sinai o povo vinha de quatro séculos de escravidão. Coração duro e só entendia a linguagem firme.

Os patrões egípcios gritavam e castigavam.

Deus não criou as Leis para atormentar ninguém. Elas foram estabelecidas para preservar a vida.

6. Exemplo: Quando você vai ao zoológico e passa perto da jaula dos leões, encontra uma placa que diz: “Não se aproxime.”

Se você quiser, pode fingir que não viu a placa. Mas quando o leão devorar a sua mão, não jogue a culpa no administrador do zoológico.

Deus estabeleceu leis para preservar a vida.

Durante os anos de escravidão Israel se esqueceu completamente destas leis.

Os israelitas viviam numa autodestruição.

Deus tinha o trabalho de reeducar o povo, ensinando os princípios de Sua Lei.

  

Como falar a um povo que não entendia do amor?

Deus usou a linguagem do amor, da graça e da misericórdia da forma que eles podiam entender.

7. O plano de Deus não era falar para sempre em meio aos trovões e relâmpagos! Apesar de que tem muita gente que ainda precisa desta linguagem...

Deus queria arrancar o povo da experiência do Sinai e levá-lo à experiência do Calvário.

Queria que o povo não tivesse que obedecer por por obrigação e medo, mas por amor.

8. Como disse Jesus aos discípulos: ¹⁵ Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. 

João 15:15 As leis não precisam ser mais escritas em tábuas de pedra, mas nas tábuas íntimas do coração. 

 

No Monte Sinai e no Monte Calvário o mundo cristão se divide em três grandes grupos distintos:

O Primeiro Grupo 

9. É o grupo do tudo pode. Esse é o grupo do – Jesus me libertou posso fazer o que eu quiser.

Tem uma música que diz: “Eu bebo sim, estou vivendo. Tem gente que não bebe e está morrendo...”

Algumas pessoas dizem: “Jesus morreu por mim e posso fazer o que eu quiser.”

Esse é o grupo do liberalismo. É o grupo da graça barata.

10. O Segundo Grupo é formado por aqueles que se agarram com unhas e dentes ao Sinai.

Para eles, vida cristã é norma, lei, estatutos, regras e mandamentos. “É a religião do pode e não pode!”.

Vivem uma experiência de ter que caminhar 100m pisando em ovos com a responsabilidade de não quebrar nenhum deles.

Tudo o que eles pensam é lei: Posso fazer? Não posso fazer? Eles vivem no Monte Sinai.

O Terceiro Grupo é formado por aqueles que, com a graça de Deus, saem da experiência do Sinai e chegam ao Calvário.

Eles se aproximam de Jesus e dizem:

Senhor Jesus, eu Te amo com todo o meu ser, eu quero viver para Ti.

O Senhor morreu na cruz por mim. Andarei em Teus caminhos não porque tenha medo do juízo final, mas por quero Te ver feliz.

Guardarei Teus princípios, não porque tenho medo de me queimar nas chamas do inferno, mas porque o Senhor é amor.

Esse grupo de cristãos chegou ao Calvário e ao centro da experiência cristã.

O Calvário não acaba com a responsabilidade que eles têm diante da Lei de Deus.

11. A diferença é que no Sinai se obedece por medo e no Calvário se obedece por amor.

Alguns estão no Sinai só preocupado com tábuas de pedra.

Se meditarmos um pouco, chegaremos à conclusão que no Calvário a responsabilidade é maior.

A Lei do Calvário exige mais do que a Lei do Sinai.

12. No Sinai Deus dizia: “Não adulteraras”. No Calvário Deus diz: Ouviste o que foi dito: “não adulterarás”. “Eu, porém, vos digo; qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela” (Mateus 5:27-28).

No Sinai Deus diz: “Não matarás” (Êxodo 20:13). E no Calvário Deus diz: “Ouviste o que foi dito aos antigos: “Não matarás” “Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento” (Mateus 5:21, 22).

O Calvário não nos liberta da Lei, nos liberta do pecado.

13. “Visto que ninguém será justificado diante dEle por obras da Lei, em razão de que pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado. Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a Lei” (Romanos 3:20, 31).

A diferença entre o Sinai e o Calvário, não está em Deus, e sim no recipiente. (Faraó)

14. No Sinai, as pessoas querem obedecer para se salvar. No Calcário as pessoas são salvas em Cristo, e obedecem.

No Sinai Deus se manifesta sob fogo e clangor de trombeta. No Calvário Deus manifesta na cruz, em sangue.

No Sinai, Deus mata. No Calvário, Deus morre.

No Sinai, Deus grita. No Calvário, Deus suplica.

No Sinai, Deus ameaça. No Calvário, Deus espera.

O Sinai trouxe Deus à Terra;

O Calvário elevou o homem ao Céu.

Que tipo de recipiente é você?

Que tipo de recipiente você quer se tornar?