Lucas 15:25-32
Vemos aqui o caso do irmão mais velho – Um moço bom. Andava sempre limpo, bem vestido, quarto arrumado.
Um jovem honesto, trabalhador. Seu currículo era impecável! Sua moral intocável! Sua reputação totalmente limpa!
Enquanto seu irmão caia na licenciosidade, na extravagância, libertinagem, ele ficou em casa trabalhando.
Por fora, ele era tudo o que um pai poderia desejar de um filho. Porém, por dentro, estava amargurado e deprimido.
Angustiado. Contrariado. Vencido pelo ciúme. Consumido pela ira. Cegado pela amargura.
Revoltado, chega do trabalho e pergunta a um servo, ao ouvir a festa: “o que está havendo?”.
O servo conta-lhe a notícia: “Veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro gordo porque o recebeu são e salvo” (V.27).
Ele se indignou. “Isso é demais! Então é assim que uma pessoa é reconhecida nesta família?
Ele fica bêbado, gasta tudo o que tem, esbanja todos os seus bens, vai à falência, acaba com tudo. E meu pai dá uma festa?”
O irmão mais velho fica amargurado e indignado – Versos 28-30
Ele achou que era uma vítima de injustiça.
O moço fica irado, ferido, revoltado. Ele faz beicinho! Emburra! Não entra no salão de festa, fica do lado de fora.
Quando o pai saiu para falar com ele. Ele começou a ler de alto a baixo a lista das atrocidades que sofreu em toda a sua vida. Começou a desabafar, mostrou a sua revolta, o seu descontentamento.
Ele fala ao pai da sua lealdade. Francamente pai, eu não posso acreditar! Eu não posso crer, no que estou vendo! No que o Senhor acaba de fazer!
Mas, ele havia sido fiel ao seu pai de forma legalista. Só que havia um erro: Ele também estava interessado na recompensa!
Ambos estiveram na pocilga. Um no chiqueiro da rebelião e o outro no chiqueiro da inveja.
Ele se julga injustiçado – e esquecia o fato de que tudo pertencia ao pai. Portanto Ele podia dar a quem quisesse.
Infelizmente, sempre existe alguém que entende mal o amor do Pai.
É-nos dito que o mais novo estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
Segundo a luz do Céu o mais velho era tão pecador quanto o seu irmão mais novo que vagueava pelas sendas da perdição.
Um estava perdido fora de casa e outro dentro de casa. Um caiu em si; voltou para o pai. O outro não se dava conta de sua situação.
O rapaz colocou tudo no trabalho, menos o coração. Servia o pai como servo e não como filho. Também esperava a recompensa!
Ele preocupava-se em medir, comparar, examinar a vida de seu irmão. Nada lhe escapava. Estava atento a tudo, de olho em tudo.
Era um formalista, legalista, extremista, um fariseu: “ó pai graças te dou, porque não sou como este meu irmão”.
Ele não tinha afeições - era frio, calculista e severo. Sua natureza era servil e não de filho amoroso.
Ele levava o nome de filho mais velho, mas trazia o coração de um pródigo, de um materialista, um servo dos bens.
Ele via apenas um irmão que esbanjara a fazenda com as meretrizes. Ele não via o irmão arrependido.
Gentios ou publicanos? Pródigos ou fariseus? Alegria por um pecador arrependido ou mal-estar?
A amargura mata, é uma forma prolongada de suicídio – É o veneno mais caro, porque é feito de nosso sangue, nossa saúde e nosso sono.
Amargura é o ácido mais destrutivo no mundo, na igreja, no lar. Encontra-se em uma pessoa amarga, ferida, machucada.
As bordas da amargura ficam escorregadias em virtude do ressentimento. Um lamaçal de ira faz com que os pés não se movam.
A murmuração, o ciúme e o lamento destroem.
O mau-humor, o ódio, a amargura, a ira, o mau cheiro da traição enche os ares, erguem suas correntes.
“Ninguém me escuta”. “Ninguém se lembra de mim”. “Ninguém se importa comigo”, “ninguém fala comigo”. “ninguém liga pra mim”.
Wanda Holoway, no Texas, quando parecia que sua filha de 14 anos não seria eleita chefe de torcida organizada de sua escola, Wanda ficou muito brava. Ela decidiu ir à forra. Contratou um homem para matar a mãe da principal oponente de sua filha, na esperança de que entristeceria tanto a garota, que a sua filha seria incluída como líder na equipe. A amargura pode fazer isso com você. Pode fazer com que você queime sua casa inteira para matar um rato. Felizmente, seu plano fracassou e Wanda foi pega, recebeu a sentença de 15 anos de prisão. ” – Max Lucado – Ele Remove Pedras, pág.26.
O ciúme – É um cavalo que o diabo gosta de montar e galopar sobre ele.
A inveja é uma doença que corrói. É A arte de contar os benefícios que os outros recebem, em vez de contar os nossos.
Irado-Emburrado-Queixoso-Invejoso-Ciumento = “a-m-a-r-g-u-r-a”.
Quem é o filho mais velho?
É aquela pessoa amargurada, ciumenta, invejosa, que vive murmurando, queixando, reclamando, lastimando contra tudo e contra todos.
Que se sente traída, rejeitada, menosprezada, abandonada. Que rejeita entrar na festa.
O antídoto contra a amargura é amor - O ódio não elimina o ódio. O ódio só se apaga com o amor.
A única terapêutica para o ódio, o ciúme, a dor, o ressentimento, a amargura, é o amor de Cristo.
Quando o amor de Cristo chega o ódio, o ciúme, a amargura sai. Eles não habitam na mesma casa!
O amor do pai - O Pai ama também o filho mais velho! Ama com o mesmo amor que amava o filho mais moço.
“Filho, você sempre está comigo, e todas as minhas coisas são suas”
Por que você está amargurado, Triste e Ferido?
Por que você está concentrado naquilo que não tem e esquece daquilo que tem?
“Filho aquilo que você tem, é mais importante do que aquilo que você não tem”
Você tem a filiação! Você é um filho de Deus! Herdeiro do Reino!
Penso no pai, com lágrimas nos olhos, dizendo ao filho: o bezerro cevado não foi morto por causa do seu irmão, a festa não é para ele...
A festa é para mim. “Porque este meu filho, estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
Eu estou alegre, eu estou feliz porque ele voltou.