RESENHA CRÍTICA
Por: SALOMÃO SARMENTO DE SOUZA
1.
Livro: Burrill, Russell, A Proclamação da Esperança – Manual Para
Evangelismo de Colheita. Título Original em Inglês: Reaping The Harvest – A
step-by-guide to public evangelism – 1ª Edição. São
Paulo, BR: Nucleo de Missões e Crescimento de Igreja – Unasp EC, 2009.
2. Dados do
Autor:
Russell Burrill, por muitos anos, foi professor de Evangelismo e Secretário na
Andrews University. Escreveu extensivamente sobre a vida da igreja e seu
crescimento. É um dos mais bem sucedidos e experientes evangelistas da Igreja
Adventista do Sétimo Dia. O autor jubilou-se enquanto diretor do Instituto de
Evangelismo e Secretário Ministerial da Divisão Norte-Americana.
3.
O livro:
a. O problema
abordado pelo autor: O autor vê a dificuldade da igreja em
sistematizar o trabalho evangelístico no seu processo de semeadura, cultivo e
colheita. Destaca que o evangelismo poderia ser mais organizado e com melhor
produtividade.
b. A tese do
livro:
O autor oferece uma visão prática e sistemática
sobre o processo de evangelismo. Ele apresenta o passo a passo de como conduzir
uma série de conferências públicas. Destaca a necessidade de organização e
orienta quanto ao preparo e acompanhamento. Dá clara necessidade de unir o
evangelismo pessoal e público. Essa união vai proporcionar efetiva semeadura,
cultivo e colheita; possibilitando, como disse o apóstolo Paulo “ganhar o maior
número possível”.
c. Conteúdo do livro:
Nos capítulos 1-4 o autor mostra que a
igreja não pode achar que o evangelismo público é o único meio de ganhar almas.
Mitos como este devem ser quebrados. Deve haver preparo espiritual pelo poder
do Espírito. Apresenta as respostas aos mitos, falando da universalidade da
salvação.
Nos
capítulos 5-10 A Igreja Adventista começou
querendo alcançar o mundo e seu crescimento era extraordinário, mas diminuiu.
Pr. Daniells, presidente da Conferência Geral, após receber uma mensagem de
Ellen White de que precisava se converter, trouxe grande avanço evangelístico.
No século 20, com o surgimento dos filmes e da TV, as séries de 5 a 6 meses já
não tinham a mesma audiência. Com a riqueza pós-guerra as pessoas começaram a
evangelizar com investimentos, sem trabalhar pra Cristo. Depois, criou-se o evangelismo
por meios de seminários e os evangelistas começaram a fazer propaganda com a
mídia, deixando de lado a propaganda através dos membros.
O capítulo 11 declara
a necessidade de planejamento orçamentário.
Nos capítulos 12-17 destaca
o planejamento. “Planejamento é um mapa que orienta, uma reta que encurta o
caminho, uma alavanca que duplica forças”. (Autor desconhecido) Mostra
os PGs em oração e ação através do evangelismo centralizado na amizade e na
vida em comunidade. Apresenta a formação de temas Cristocêntricos e o
surgimento de áudios visuais, assim como, sermões impressos e a necessidade de
acompanhamento, avaliação e conclusão da missão.
No capítulo 18-24 coloca a visitação
como inevitável. O contato pessoal para
tirar dúvidas, responder objeções, dissipar desculpas; são métodos eficazes
para auditório cheio e levar pessoas à decisão ao batismo. Os PGs são locais
especiais para cultivo e manutenção dos recém-conversos. A grande comissão da
igreja é preparar pessoas para cumprir a missão de levar outros à Cristo.
d. A
metodologia usada pelo autor é de abordagem histórica, bibliográfica, qualitativa
e quantitativa. O mesmo utiliza-se fatos históricos para sugerir métodos
producentes.
4.
Reação:
a. Benefícios
da leitura: Aprendi que a sistematização em forma de planejamento é tão
importante quanto à execução do evangelismo público e pessoal. Descobri que o
evangelismo público é um instrumento poderoso de colheita, se for bem estruturado.
b. Pontos
fortes:
O livro é escrito de forma sistemática e apresenta um conteúdo sólido sobre a
história evangelística da igreja. O autor tem a capacidade criativa e...
c. Pontos
fracos:
...pelo fato de ser prolífero, ele se torna muito prolixo.
d. Pontos concordantes: A necessidade de sistematização do evangelismo. Unidade entre
evangelismo público e pessoal.
e.
Pontos discordantes: O autor não enfatiza o
Pequeno Grupo como fonte de colheita. Dá ênfase apenas a cultivo e
acompanhamento.